A ETE tem capacidade para tratar 213 l/s, com tratamento terciário pelo processo de lodos ativados com MBR”.
Situada fora do centro de Campos do Jordão-SP, mas numa região cercada por condomínios residenciais de alto padrão, a ETE adotou a mesma característica arquitetônica da cidade, lembrando em sua concepção “um chalé suíço”, gerando menor impacto visual.
Outra particularidade é um cinturão verde presente em toda a volta da estação, além da exigência de instalação de um sistema de proteção de ruídos (revestimento acústico e parede dupla) na área dos compressores e do grupo gerador, tudo para evitar transtornos à comunidade vizinha.
Ela é a primeira ETE nacional totalmente coberta, a exemplo de países como França, Japão e Principado de Mônaco. A construção em ambientes fechados permite que os gases oriundos dos processos sejam confinados e tratados antes de serem lançados no meio ambiente, reduzindo assim o odor exalado dos tanques.
A planta foi concebida com processo de tratamento terciário de fase liquida, para remoção de DBO, nitrogênio, fosforo e coliformes termotolerantes, e com processo de tratamento de fase solida constituído de adensamento e desaguamento mecânicos.
O processo de tratamento é Lodos Ativados seguido de Membranas Filtrantes por apresentar alta eficiência na remoção de poluição ou matéria orgânica, produzindo efluente com característica de água de reuso, e tem as seguintes fases operacionais:
– Tratamento Preliminar,
– Reatores, Biológico e Anoxico,
– Tanque de Membranas,
– Emissário Final,
– Tratamento de Gases e Odores e,
– Fase Sólida
Todos os equipamentos utilizados no Tratamento Preliminar foram fabricados em aço inox 316 e fornecidos pela empresa espanhola ESTRUAGUA, com o escopo de: gradeamento mecanizado e manual, remoção combinada de areia e gordura, classificador de areia, concentrador de escuma, adensador de lodo, roscas compactadoras para o transporte de sólidos gradeados.
A ACEMAX é representante exclusiva no Brasil.
O projeto básico inicial elaborado pela Sabesp foi adequado pela GS Inima.
Dentre as mudanças, destaca-se:
Na elevatória final foi substituída a utilização de uma simples grande manual por um poço de sólidos grosseiros com grade fixa de 80mm, grande mecanizada de 20mm e canal by-pass tudo enclausurado dentro de um prédio totalmente fechado e com sistema de desodorização por carvão ativado para eliminação de odores;
O tratamento preliminar foi executado com 3 canais, dois dotados com peneiras mecanizadas de 3mm e um com grade manual para by-pass, incluindo a instalação de desarenadores-desengorduradores equipados com pontes para arraste de gorduras e bombas de areia em substituição a equipamentos compactos sem by-pass nem remoção mecanizada de gorduras;
No sistema de lodos foi substituído o adensamento por tambor rotativo e descarte de lodos por caçambas por um adensador gravítico possibilitando vantagens como nulo consumo de polieletrólito, trabalho contínuo 24h/dia, 7 dias por semana, e estabilização da remoção de logos do biológico evitando picos nos finais de semana e diminuindo consideravelmente o consumo energético. Foi instalado também um silo metálico de 60 m3 de capacidade de modo a ter maior autonomia e, portanto, redução nos custos de transporte de lodos para a disposição final;
Parâmetro de qualidade para o efluente tratado:
– DBO5 total < 5,0 mg/l,
– OD > 6,0 mg/l,
– N nitrato < 10 mg N/l
– N amoniacal < 1,0 mg N/l
– N total < 13 mg N/l
– P total < 0,10 mg P/l
– SST < 1,0 mg/l
– Turbidez < 1,0 NTU